Sinopse
«Como gosto de ti? [...] Amo-te simplesmente como o ar / que respiras. Ao sol, na escuridão. / Com a audácia de um livre coração.»
Separados pela Geografia, Angie e Gabriel encontram-se na paixão pela beleza deste verso de Elizabeth Barrett Browning, mas também pela desmesura do sentimento que traduz. Ela está em Londres e ele em Lisboa, mas o trabalho sobre a vida e a obra literária da autora vitoriana levá-los-á ao confronto consigo mesmos, com os seus sonhos e medos. Gabriel teme que a vida nunca lhe dê o bastante e Angie, a braços com um passado perturbador, parece já não confiar na redenção. Mas, se um poema, ou uma carta, não for apenas um conjunto de palavras, mas um rastilho capaz de desencadear um incêndio, muito depois de ter sido escrito, o que poderá acontecer?
Maria João Martins estreia-se no romance com uma obra de assinalável maturidade e cuidado rigor narrativo.
Como o Ar que respiras tem como pano de fundo a vida da poetisa Elizabeth Browning
Este romance conta a história de uma londrina e um português que partilham uma pesquisa sobre a vida e obra da escritora vitoriana Elizabeth Barrett Browning. Inspirado num dos sonetos da poetisa, Maria João Martins apresenta um romance com maturidade e cuidado rigor narrativo.
Sobre a obra:
Separados pela Geografia, Angie e Gabriel encontram-se na paixão pela beleza deste verso de Elizabeth Barrett Browning, mas também pela desmesura do sentimento que traduz. Ela está em Londres e ele em Lisboa, mas o trabalho sobre a vida e a obra literária da autora vitoriana levá-los-á ao confronto consigo mesmos, com os seus sonhos e medos. Gabriel teme que a vida nunca lhe dê o bastante e Angie, a braços com um passado perturbador, parece já não confiar na redenção. Mas, se um poema, ou uma carta, não for apenas um conjunto de palavras, mas um rastilho capaz de desencadear um incêndio, muito depois de ter sido escrito, o que poderá acontecer?
Soneto
Como gosto de ti? Deixa contar Os modos. Com a altura, a extensão, E a largueza da alma, quando vão Seus desejos o Bem a procurar. Amo-te simplesmente, como o ar Que respiras. Ao sol, na escuridão. Com a audácia de um livre coração; Co’o o pudor que a lisonja faz falar. Amo-te co’o desejo, com a ânsia Que na dor tive; com a fé da infância; Com esse amor que sempre cri perder, Perdendo os meus. Amo-te sempre: andando, Chorando, rindo, lendo, respirando… E hei-de amar-te melhor, quando morrer.
in Sonetos Portugueses, de Elizabeth Barrett Browning, ed. Relógio de Água, trad. Manuel Corrêa de Barros
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